Nos últimos meses, você já deve ter ouvido falar bastante sobre o Pix, um novo sistema de transferências de dinheiro e pagamentos instantâneos instituído pelo Banco Central do Brasil, que promete agilidade e segurança em operações de transferência e para pagamentos. Mas, se você ainda tem dúvidas sobre o que é e como funciona o Pix, vem comigo que eu te explico!
Para que serve o Pix?
O Pix serve para você transferir dinheiro para outra pessoa ou empresa. Ele funciona como o DOC ou o TED. A diferença entre o DOC e o TED, a grosso modo, é que quando você faz um DOC para uma pessoa, essa transferência só estará disponível para a pessoa que recebeu a transferência no próximo dia útil à data que você fez o depósito. Isto quer dizer, se você fez um DOC para alguém numa segunda-feira, o dinheiro só estará disponível na conta desta pessoa na terça-feira; caso tenha feito o DOC na sexta-feira, o dinheiro estará disponível na segunda-feira seguinte, se não for feriado nesta data. Com o TED, a transferência costuma acontecer no mesmo dia, mas a transação pode demorar desde alguns segundos até algumas horas até o dinheiro aparecer disponível na conta da pessoa que recebeu a transferência.
E qual é a vantagem do Pix em relação ao DOC e TED?
É que com o Pix o dinheiro estará disponível na conta da pessoa apenas alguns segundos após a realização da operação. Bom, né?
Outra diferença importante entre DOC e TED e que é interessante para você entender o Pix, é que nestas operações existe um horário limite para fazer as transações. Para que o TED possa ser creditado no mesmo dia na conta da pessoa que irá receber a transferência, o horário em que você poderá fazer a transação é, geralmente, entre 06h30 e 17h. Transações fora desse horário ou em fim de semana e feriados serão automaticamente agendadas e realizadas no próximo dia útil. Já o DOC pode ser feito em dias úteis, das 6h30 às 22h. Transações feitas fora desse horário ou em fim de semana e feriados serão creditadas em 2 dias úteis. E, no caso do Pix, não há esse limite de horário nem de dia da semana, ele funciona 24 horas por dia, sete dias por semana. É só fazer a transferência que em alguns segundos o dinheiro já estará disponível para a pessoa que você enviou o Pix.
Mas, como é que você faz essa transferência Pix?
Vamos lembrar de novo dos exemplos do TED e DOC. Seja para TED ou DOC, você precisa ter uma série de informações sobre a pessoa que irá receber esse dinheiro, como nome completo, CPF, nome do banco de destino, e números da agência e conta (que pode ser conta corrente ou conta poupança).
Nas transferências feitas via Pix você só irá precisar de uma única informação da pessoa que irá receber o dinheiro, essa informação é a chamada chave Pix.
O que é a chave Pix?
A chave Pix é a informação que a pessoa cadastrou junto ao banco na qual ela tem conta para ser identificada para receber esse tipo de transferência. O Banco Central estabeleceu alguns tipos de informações que podem ser utilizadas como chave Pix: CPF, número de celular e e-mail, são alguns exemplos deste tipo de informação que podem ser cadastradas como chave Pix. IMPORTANTE: cada uma destas informações é uma chave Pix e cada pessoa pode ter até cinco chaves Pix.
Como eu cadastro minha chave Pix?
Para cadastrar a sua chave Pix é preciso ficar atento a alguns detalhes para não correr o risco de ter sua chave Pix cancelada pelo Banco Central. Por exemplo, se você só tem conta em um único banco ou instituição bancária, você pode cadastrar todas as suas chaves neste banco, mas, se você tem conta em mais de um banco, cuidado, porque você não pode utilizar a mesma informação em diferentes instituições para cadastrar sua chave.
Ou seja, se você cadastrou o número do seu celular como chave Pix no banco A; no banco B você só poderá cadastrar como chave Pix seu e-mail ou CPF. Isso acontece porque a identificação precisa ser o mais segura e rápida possível. Se você tivesse o seu e-mail, por exemplo, vinculado a duas contas bancárias diferentes (bancos diferentes), na hora que a pessoa fosse fazer uma transferência via Pix para você, seria preciso dizer se este dinheiro iria para o banco A ou banco B. Isso prejudicaria também os cadastros de cada usuário junto ao Banco Central, porque seria mais difícil controlar a segurança e conferência destas informações. Também é uma forma de evitar fraudes ou prejuízos para você, pois uma outra pessoa poderia cadastrar sua chave Pix para uma conta que não fosse sua, assim, toda vez que alguém fizesse uma transferência via Pix para você, o dinheiro, ao invés de ir para a sua conta, irá para a pessoa que usou seus dados para fazer o cadastramento de chave Pix dela. É por isso que se costuma dizer que a ideia do Banco Central com a criação do Pix é simplificar as operações de transferência de dinheiro e pagamentos: você só precisa de uma única informação (chave Pix) para fazer a transferência para outra pessoa ou empresa.
E como funciona para fazer pagamentos com o Pix?
Quando você vai fazer uma compra em qualquer estabelecimento e não tem dinheiro em espécie com você, você provavelmente utiliza um cartão de débito ou crédito para fazer o pagamento, certo? Então, com o Pix, você não precisa mais estar nem com seu cartão. Se estiver com o seu celular, basta entrar na sua conta bancária e fazer o pagamento por transferência Pix. Assim, quando você chegar no caixa, é só pegar a chave Pix do estabelecimento, entrar no aplicativo do seu banco, escolher a opção Pix, inserir a chave Pix que a pessoa do caixa te passou e pronto! Mas, atenção: essa comparação só vale para os cartões de débito, pois ainda não é possível fazer compras parceladas pelo Pix, como acontece com o cartão de crédito. No caso dos pagamentos, há ainda outra opção, além da chave Pix para efetuar a transação, que é o chamado QR Code.